23/06/2011

Origens Pré Históricas da Música - I


Os elementos de Fogo, Ar, Água e Terra são os mais importantes no processo evolucionário da Terra; de fato, sem esses quatro elementos a vida neste planeta seria impossível. O fogo foi descoberto primeira­mente e usado pelo homem nos dias da Lemúria. Foi, consequentemente, o elemento dominante conectado à raça Lemúrica e o fator principal nas suas cerimônias de iniciação. Capacidade para andar sobre carvão em brasa ou segurar bolas de fogo nas mãos, constitui uma memória parcial desses dias antigos, ainda conservada por alguns povos primitivos.
A música que acompanhava os Cerimoniais Lemurianos de Fogo era ao mesmo tempo sobrenatural e selvagem, isso porque era afinada ao ritmo das chamas crepitantes. Foi nesta música que o jazz, tão popular nos dias de hoje, teve sua origem. O corpo de desejos dos Lemurianos necessitava de um avivamento, assim, os Guias da Humanidade usaram esta música de ritmo peculiar para estimular essa atividade. Com o passar do tempo essa torça ígnea interna despertada levou a práticas mal orientadas que reagiram sobre as correspondentes torças ígneas planetá­rias, resultando em destruição do continente Lemuriano pela atividade vulcânica. Os seres humanos que habitaram a Lemúria antiga pouca semelhança tinham com os seres do nosso tempo. Durante os primórdios daquela época, vários milhões de anos atrás, sua forma corporal era meramente embrionária. Apôs um longo ciclo evolucionário, sofreu sucessivas transformações até que, na Lemúria tardia, assumiu uma forma algo semelhante aos contornos atuais, embora com textura muito diferente. Antes de condensarem-se em substância física, os veículos dessa humanidade antiga, foram até certo ponto tênues e plásticos. Poderiam na verdade ser considerados quase uma sombra com forma.
Portanto, o corpo não tinha ainda se desenvolvido até o ponto onde o Ego pudesse habitar. O Ego era ligado ao corpo apenas magneticamente e como consequência permanecia em um estado livre, o que lhe permitia ir e vir a vontade. A mente, tal como a conhecemos hoje, ainda não tinha surgido. A humanidade no inicio, era realmente infantil e se encontrava sob a direção das Hierarquias Superiores, seres espirituais aos quais estamos habituados a chamar de Deuses.
Todavia, os Lemurianos primitivos viviam em intima harmonia com a natureza. Suas vidas estavam intimamente envolvidas e faziam realmente parte integrante das forças da natureza. Sua visão interna estava aberta para as inúmeras atividades das criaturas invisíveis para nos) que constituíam o lado vivo da natureza na sua totalidade, enquanto sua audição interna registrava as sublimes harmonias para as quais a natureza progride e através das quais ela dirige suas múltiplas ações. Também foi de acordo com as leis básicas da natureza que seus corpos originais foram moldados, desenvolvidos e animados.
Quando a humanidade for suficientemente espiritualizada para reconhecer a relação da musica com sua evolução, ela descobrirá como as harmonias celestiais emanadas das hierarquias zodiacais, nossos guardiães sagrados, exerceram influencia -formadora em cada estágio do seu desenvolvimento; perceberão ainda que cada passo tem sido acompanhado por uma orquestração celestial adaptada a cada processo criativo
O homem na sua formação era bissexual. As polaridades masculina e feminina, agora focalizadas cosmicamente no Sol e na Lua respectivamente, exerceram uma influência igual sobre os corpos plásticos da humanidade primitiva. Isto porém, ocorreu quando a Terra e a Lua eram ainda partes do globo solar. Em um estágio mais tardio, quando a Terra foi lançada para fora do Sol e mais tardiamente ainda, quando a Lua foi atirada para fora da Terra, essas duas polaridades deixaram de ter uma expressão igual e equilibrada sobre o ser humano individual. Alguns responderam preponderantemente ao pólo positivo centrado no Sol, enquanto outros responderam ao pólo negativo focalizado na Lua. Finalmente, isto resultou na divisão da humanidade em dois sexos separados, com o homem e a mulher aparecendo em cena.
A partir de então as harmonias emanadas das Hierarquias\ estelares se diferenciaram em dois tons, agora conhecidos como Maior e Menor. As notas Maiores, masculinas na potência e objetivas no caráter, foram projetadas a humanidade através da força solar. Os tons Menores, femininos na qualidade e subjetivos na natureza, foram dirigidos através da força da Lua. O homem que ate então tinha evoluído sob os ritmos divididos em uma única escala, tornava-se agora sujeito a duas. Uma, afinada aos tons Maiores, dirigindo-o para condições de crescente densidade; outra, afinada aos tons Menores, dirigiu sua alma para um contato mais íntimo com as forcas espirituais.
Como a época Lemuriana encontrava-se predominantemente sob a influência da Lua, sua música estava afinada aos matizes mais sutis dos tons Menores. Tratava-se de uma música incomum, melancólica e sobrenatural. Vestígios dela persistem na música de Java e de outras Ilhas do Sul, estas remanescentes do continente Lemuriano.
A natureza mais intima de qualquer povo pode ser avaliada penetrando compreensivelmente em sua música.
Nenhum outro meio é mais exato para avaliar a qualidade de suas vidas e o estagio de seu desenvolvimento. A menos que estejamos aptos para visualizar os corpos plásticos e fluídicos dos Lemurianos mais antigos, jamais entenderemos a influência exercida pela música sobre eles. Ela literalmente deu forma e traços característicos aos seus veículos em desenvolvimento. As forças circundantes da natureza fluíram através deles sem obstáculos. Eles habitaram entre as árvores gigantes de suas terras e seus bosques enormes eram áreas sagradas nas quais festivais sazonais eram observados. Cerimônias de iniciação de suas temporadas sagradas eram eventos gloriosos atribuídos á música, isto é, a harmonia das esferas.
Os dançarinos do Templo Lemuriano duplicaram os movimentos e ritmos das esferas celestiais e sua "música de gestos" era ouvida pelos fanáticos que dançavam. Certos centros espirituais ou "luzes" dentro de seus corpos eram acordados por essas danças realizadas na mais elevada reverência e na mais profunda emoção. Os dançarinos eram sempre escolhidos entre os aspirantes mais evoluídos do Templo.
Os Templos da Floresta eram para os Lemurianos, o Santo dos Santos. Nesses santuários sagrados ocorriam os principais acontecimentos de suas vidas. Estes compreendiam o nascimento, a Iniciação ou iluminação espiritual e a morte - esses acontecimentos correspondem aos três passos de desenvolvimento em todas as escolas esotéricas e aos primeiros três graus das fraternidades. Era nos Templos da Floresta e sob orientação angelical que a propagação da raça era levada a efeito de acordo com os apropriados ritmos estelares, cuja música era absorvida pela audição e transmitida â função edificadora do corpo.
Os sensíveis Egos Lemurianos foram particularmente sensíveis a força do amor. A consciência era íntegra, pois os Egos não tinham ainda descido profundamente na existência material a ponto de retirar o véu existente entre os planos externos e internos do ser. Assim, a morte como a conhecemos hoje, era desconhecida. Quando os corpos terminavam seus períodos de utilidade, eram deixados de lado da mesma forma que certo& animais deixam e mudam periodicamente suas peles. Um corpo gerado sob tais condições era perfeitamente afinado com a nota estelar especifica de cada Ego. Pelo poder daquela nota era capaz de renovar ou descartar seu corpo a vontade. A doença não tinha ainda se tornado uma aflição, assim, a vida era uma canção alegre e a ferra era ainda uma reflexão do Jardim do Éden. Como a raça Lemuriana era regida pela Lua, respondeu fortemente às sempre mutáveis fases orbitais. Ao tempo das Luas Novas e Luas Cheias, forças poderosas eram liberadas; ai então, eles celebravam seus rituais místicos iniciatórios. Estes não eram dirigidos para os planos mais internos como agora, mas para os mais externos, dado que o desenvolvimento Lemuriano dependia primariamente do desenvolvimento objetivo da atividade. A música era um fator potente para capacitá-los a realizar a necessária descida para a matéria. Com essa descida a diferenciação entre os sexos se tornou mais marcante e era realizada através dos ritmos Maior e Menor que acompanham a Lua Cheia. Nas noites de Lua Cheia as forças femininas eram precipitadas através das celestiais tonalidades Menores e as forças masculinas por meio das tonalidades Maiores.
Mais tarde, quando a humanidade entrou completamente na existência física e quando, através da entrada no diferente significado da vida do mundo material, nascimento e morte marcaram as fases diferenciadas da existência. A entrada na manifestação física foi acompanhada por musica constituída pelas harmonias Maiores, enquanto que a entrada nos mundos mais internos, através do portão que chamamos morte, era afinada aos acordes Menores.
Assim, vemos quão profundamente é verdadeiro tratar-se o homem de um ser musical. Sua origem esta na Palavra falada. Pelo som ele foi confirmado e pela música ele progrediu. O que ele registrou subconscientemente na Lemúria, um dia ele saberá conscientemente. Então não mais considerará a música como uma arte mais ou menos apartada da vida e também não mais pensará na música somente como um objeto para alegria estética.
Ao contrário, ele reconhecera a música como um fator vital para a evolução física, mental, emocional e espiritual de toda a raça humana.
Tradução do Cap II do livro: Music - TheKeynote of Human Evolution de Corinne Heline, publicado na "Rays from the Rose Cross", Fev/Mar de 1988.

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