05/01/2015

O Passamento de Max Heindel

Do livro: Memórias sobre Max Heindel e a Fraternidade Rosacruz (1)

Max Heindel e a autora partiram de Monte Eclésia no dia 1 de janeiro de 1919, uma quarta-feira, em direção a Los Angeles a fim de colocar anúncio no jornal à procura de um tipógrafo. Encontramos um casal. O homem tinha experiência em linotipo e tipografia, e a mulher conhecia um pouco de encadernação. Regressamos na sexta-feira com o carro carregado de legumes e outras coisas necessárias a uma insti­tuição em rápida expansão e localizada longe da cidade. A viagem ini-ciou-se às 5 horas da manhã, para nos dar tempo de parar num mercado e encher o espaçoso carro com os vegetais que necessitávamos. Chega­mos em casa ao meio-dia, cansados e famintos. Graças a Deus fomos abençoados com um casal na cozinha que aparentemente estava satis­feito em cozinhar e lavar a louça.

Sábado à tarde, dia 4 de janeiro, tínhamos a nossa celebração retar­dada de Ano Novo. Alguns de nossos amigos das cidades vizinhas es­tiveram presentes para celebrar conosco e a biblioteca estava cheia de rostos alegres. Nesta noite, Max Heindel era o mais animado de todos e cantou várias canções com sua profunda e melodiosa voz. Uma canção de que ele gostava muito era "Ben Bolt". No domingo e na segunda-feira ele estava muito quieto e pensativo, trabalhando para organizar os seus papéis. Estava desejoso que a autora lhe fizesse companhia no seu escritório. No seu último dia de vida (6 de janeiro de 1919), por várias vezes pediu à autora, que sentasse ao seu lado para conversar. Quando ela lhe respondia que não desejava atrapalhar o seu trabalho, ele res­pondia: "Mas eu gosto muito de tê-la por perto, adoro suas visitas." Alguns minutos depois das 16 horas ele entrou no escritório dela com uma carta que havia escrito à agente postal. Tratava-se de um requeri­mento para o correio organizar um sistema de entrega diária para Monte Eclésia. Ele sempre fazia questão de ouvir a opinião da autora sobre qualquer coisa que lhe ocupava a atenção.

03/01/2015

A Casa do Estudante Rosacruz inspirou-me

                                                              por Maria Geralda M. Santos
Chove em Campos do Jordão. Uma chuva fina, miúda e constante, umedecendo morosamente a terra. Mesmo assim, algumas árvores mais velhas não resistem e caem expondo suas raízes indefesas, Deixando-nos a lembrança da sua exuberância de antes, formosas e floridas.

Pela manhã sempre a mesma névoa envolvendo árvores e casas ocultando  a beleza natural desta bela cidade.

Como a chuva é leve, alguns sabiás vêm para o jardim e com a terra molhada se alimentam sem grande esforço de algumas minhocas e formigas.

As flores, encharcadas pela água da chuva, têm suas pétalas grudadas umas às outras, fazendo- nos lembrar o olhar humano encharcado de lágrimas.

Cozinhar é realmente uma boa opção! O aroma das geléias doces, chás e sucos quentes amenizam este tempo de involuntária reclusão. É mesmo agradável tomarmos em pequenos goles um delicioso quentão de frutas.

Todas as manhãs a primeira coisa que fazemos é abrir a janela e olhar o tempo. Temos então a surpresa prazerosa de ver que uma clara e densa névoa descia de encontro a terra como se quisesse amorosamente abraçá-la. Lembramos então do dito popular do homem do campo, de Campos do Jordão: “Névoa baixa, sol que racha”.
 primeira quinzena de dezembro de 2013
Prosa declamada na Festa de Aniversario de 59 anos da 
Fraternidade Rosacruz. (21/09/2014) pela autora.