20/12/2017

NATAL (Com a Mente e Com o Coração)


O nascimento de Jesus foi narrado por Mateus e Lucas. Cada um deles fez a narrativa de forma diversa, pois os Evangelhos são “métodos de iniciação”.

Mateus representa o método “masculino”, positivo, relativo ao fator Vontade. Sua narrativa é marcada por ações determinantes: José é avisado pelo Anjo para receber Maria, que concebeu pelo Espírito Santo, o que mostra que da vontade humana não pode vir a realização espiritual, mas sim de uma fonte mais alta, pois “é o Pai, em mim, que faz as obras,; eu de mim mesmo, nada posso”. A visita dos Reis Magos com seus presentes, é citada, o que representa a dedicação consciente ao Cristo Interno. Novamente é José que é avisado para deixar Belém, antes do ataque de Herodes (o egoísmo, a natureza inferior), refugiando-se no Egito (a Terra do Silêncio).

Já em Lucas o aspecto místico é exaltado: a cena da manjedoura, em humildade e recolhimento, mostrando que o processo de preparo do aspirante é interno, reservado e na vida simples. É sempre Maria (fator “feminino”, coração e Amor Sabedoria), o personagem que se sobressai e que é avisada pelo Anjo. Ela deve ser Virgem (ser humano despojado de impurezas em sua imaginação). É também em Lucas que aparece o famoso “magnificat”, as palavras de Maria ao Senhor, em agradecimento por ser a “eleita” e que soam como um verdadeiro cântico da alma, o que é típico do místico e do Amor Sabedoria.

Enfim, o fato histórico existiu e persiste como tradição, porque esotericamente a vida de Jesus Cristo é um convite à nossa realização interna.

Na Fraternidade Rosacruz, como sabemos, a mente e o coração devem se unir. Por isso adota os emblemas de uma lâmpada (conhecimento, razão) e um coração (sentimento, devoção) nas capas de seus livros Veja: Interpretação da Capa do Conceito.

Que essa orientação que recebemos do Cristianismo Esotérico – a  Filosofia Rosacruz – possa nos trazer uma nova abertura e um firme propósito para alcançar essa meta sublime.
 Adaptado de: O Presépio, Revista Serviço Rosacruz, dez., 1976
Feliz Natal e
Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz.

Mais sobre o Natal (veja aqui)

02/12/2017

Árvore de Natal ?


“As árvores cortadas para o Natal sangram vertendo a sua seiva, e, enquanto este sangramento ocorre, o magnetismo vital da árvore precipita‑se para fora logo após o corte, como uma verdadeira hemorragia acentuada. Em seguida, vagarosamente, vai diminuindo até que a árvore morre e fica seca.’

“É doloroso para qualquer pessoa sensível estar num lugar onde uma árvore cortada esteja sangrando até a morte. A maioria dos estudantes ocultistas prefere ver uma árvore cheia de vida ou, na pior das hipóteses, compreenderiam a retirada de uma árvore pelo serviço florestal para dar lugar a outra mais sadia nos declives montanhosos e prefeririam até uma árvore artificial das quais existem algumas muito bonitas, em lugar de ver uma árvore cortada e ferida.” (A Visão Etérica e o que Ela Revela parte II – o Éter de Vida) (*)

O PINHEIRINHO DE NATAL (**)

O pinheiro é uma árvore de folhas perenes. No auge do inverno (no Hemisfério Norte) quando a neve se vai acumulando, pesando e crestando suas folhas, ele permanece firme, à espera do hálito quente da primavera, que irá reanimá-lo. Daí haver sido tomado como símbolo da vida eterna, que transita pelas estações do ano, inalterável aos desafios dos renascimentos, ereto, olhando para o céu e levantando os braços em oração.

A silhueta do pinheiro é triangular. O triangulo com a ponta para cima é símbolo da Trindade, em que reside a vida eterna. Seu verde constante é signo de esperança que não se abate nas vicissitudes.

No Hemisfério Sul não tem neve, mas manteve-se a tradição de se usar o pinheiro como símbolo de Natal.

Se você não consegue prescindir deste símbolo natalino, escolha os pinheirinhos artificiais. Atualmente já há uma variedade enorme deles. Mesmo que não arranquemos os pinheiros ou outras plantas da terra seria bom não as enfeitarmos com luzes elétricas e outros aparatos de natal. Não é da natureza das árvores suportarem essas “correntes”.

(**) Revista Serviço Rosacruz, dezembro de 1976

15/11/2017

Emoções e Saúde

 da "Rays from the Rose Cross" (1)
veja aqui o texto completo da citação da imagem.

Os médicos atuais não mais duvidam da influência significativa dos estados emocionais sobre a nossa saúde. Conhecem também o poder curativo do otimismo e da esperança de cura.

A ciência médica reconhece que o medo, a preocupação e a raiva comprometem a digestão, interferem com os processos metabólicos e de excreção. Enfim, alteram o organismo como um todo.

Tudo isto entretanto, representa apenas uma parte da complexa constituição das nossas emoções. Quando aprendermos a controlá-las e a construir os fundamentos da harmonia interna, o equilíbrio e a estabilidade que asseguram a calma frente às crises, muitos de nossos problemas físicos desaparecerão.

Há muitos anos os estudos médicos demonstraram que quando somos submetidos a tensões, nossas glândulas adrenais - nosso sistema de alarme -, entram em ação para enfrentá-las. Quando prolongadas, as tensões levam ao aparecimento de doenças. A tensão é definida como sendo "qualquer agente perturbador do equilíbrio fisiológico" ou ainda, "qualquer tipo de agente agressor, externo ou interno, capaz de estimular a reação de alarme". São exemplos clássicos, o frio e calor excessivos, infecções, ódio, inveja, rancor etc..

Nessa teoria em que a tensão é considerada a causa básica de todas as doenças, as causas mais comuns como bactérias, vírus, dieta, clima, hereditariedade, alterações cardiovasculares etc., estão sempre relacionadas à falta de ajustamento do corpo físico a essas tensões. As penalidades para o fracasso dessa adaptação são a doença e a infelicidade.

Precisamos ser suficientemente inteligentes para manter a calma a despeito das provocações e não permitir que as emoções exerçam suas atividades adversas ao corpo físico.

A úlcera digestiva pode ser classificada como "doença emocional". Não é o tipo de comida, mas sim a condição emocional da pessoa é que causa o problema intestinal, a má absorção dos nutrientes e a formação de substâncias tóxicas.

Dessa forma pode-se concluir que as reações do homem às experiências diárias da vida constituem as causas básicas dos desequilíbrios físico, emocional e mental. Com isso também concorda a filosofia oculta.

Essas emoções são também prejudiciais ao funcionamento do corpo de desejos, o veículo que nos impele à ação. Assim, dos pontos de vista físico e oculto, o controle emocional é necessário à boa saúde, pois, o estudante do ocultismo sabe que, ao permitir que seja regido por suas paixões ou somente pelo prazer, pela Lei de Consequência, terá alguma doença nesta existência ou em uma outra futura. Sabe também que qualquer emoção negativa, desde o medo (que gera inatividade) até a fúria (que gera muita atividade), ambas de conteúdo nocivo, essa emoção negativa exercerá efeito destrutivo em todos seus veículos, principalmente no físico.

Por outro lado, médicos psiquiatras acreditam que a supressão das emoções pode resultar em acentuadas tensões e doenças gerais. Outros ainda acreditam que as chamadas "curas milagrosas" ocorreram e podem ocorrer, desde o câncer e artrite até a rinite alérgica, quando o ódio e o ressentimento prolongados são substituídos pelo amor ou pela tolerância.

Nosso corpo de desejos, o veículo da emoção e do sentimento, nos impele à ação. Sem sentir seremos incapazes de agir e sem ação seremos incapazes de evoluir. Consequentemente as emoções são importantes e necessárias para nós.

Do ponto de vista mais amplo do ocultista, o homem é essencialmente um espírito que possui além dos corpos físico (denso) e vital (etérico), uma mente, possuindo também um corpo de desejos composto de matéria de desejo e emoção.

O objetivo maior das várias vidas do homem na Terra - na existência física - é adquirir o controle total de sua personalidade ou corpos inferiores, de tal modo que o Espírito habitante expresse seus poderes de uma maneira equilibrada. Isto ocorre através do aprendizado da obediência às leis espirituais que governam o universo. À medida que se aprende a viver de conformidade com essas leis, haverá menos tensões para nossos corpos. Para reduzir a ação das tensões é de grande importância dominar o corpo de desejos.

No homem saudável, as correntes que compõem esse veículo ovóide, que chamamos corpo de desejos (2) , fluem continuamente para o exterior, em linhas curvas, a partir do fígado, para todos os pontos da periferia do ovoide. Retornam ao fígado através de certo número de vórtices. Esta corrente contínua de movimento da matéria de desejos incentiva o Ego a qualquer tipo de ação. Isso nos impele a procurar a gratificação dos sentidos e se permitirmos que essa sensação nos governe completamente, seremos induzidos a comer, beber, dançar, brigar etc.. Enfim, a cometer excessos com grande gasto de energia, com perigo para a saúde física e para o desenvolvimento espiritual. Entretanto, emoções como preocupação e medo, diminuem o movimento, resultando em inatividade parcial do Ego.

A substância do corpo de desejos é muito sensível a vibrações e cada partícula dele encontra-se em movimento incessante. É capaz dos mais intensos sentimentos e emoções e sua energia impulsiona o sangue com velocidade variada, de acordo com a intensidade das emoções. Exibe todas as cores e tons do plano físico e algumas que são indescritíveis na linguagem terrena. Muda o contorno e as cores de acordo com a natureza dos pensamentos e sentimentos de um indivíduo. Quando ocorre a raiva, por exemplo, ondas vermelhas denteadas podem ser vistas na aura do indivíduo por um clarividente; o sangue e o corpo físico são então adversamente afetados. Quando ocorre o medo, a aura se torna cinza e há a tendência do corpo de desejos para se tornar estático. Nestas condições de tensão ocorre um desequilíbrio de emoções que resulta no impedimento do influxo solar através do baço e prejuízo ao corpo físico. Também uma alegria intensa pode trazer exaustão ao corpo físico através da excessiva expressão emocional.

No corpo de desejos há um número de vórtices, ou centros dos sentidos, que na maioria das pessoas são simples redemoinhos. Estes centros latentes podem ser acordados e desenvolvidos e esta é uma parte específica do trabalho realizado pela vida espiritual.

Aqueles que se esforçam para viver uma vida pura e altruísta, usando suas faculdades mentais e emocionais de maneira positiva e construtiva para o seu desenvolvimento, fazem girar esses centros no sentido horário e com brilho progressivamente maior.

Daí em diante as emoções passa a ser controladas pelo Ego e a tensão das experiências da vida se torna cada vez menos intensa. O aspirante aprende a reagir calma e impessoalmente a todos os estímulos externos. Passa a procurar os caminhos pacíficos e silenciosos da vida, cultivando o equilíbrio necessário à saúde física e ao progresso espiritual sem o qual não podemos avançar no caminho.

(1)Traduzido e adaptado de: “Emotions and Health” de autoria de Diana Dupre, publicado na revista “Rays from the Rose Cross” em agosto de 1971

(2) Gráficos do Conceito Rosacruz mostrando as correntes do corpo de desejos:
No homem comumaqui
No clarividente involuntário – aqui
No clarividente voluntário – aqui

22/10/2017

A Decisão da Águia - Uma Analogia


A Águia é uma ave que chega a viver até 70 anos. Mas, para alcançar essa idade, ela tem de tomar uma séria decisão por volta dos 40 anos. É uma fase em que está com as unhas compridas e flexíveis e já não consegue caçar, em que seu bico alongado e pontiagudo está curvo, em que suas asas estão apontando contra o peito, envelhecidas e pesadas por causa da grossura das penas, e em que voar está se tornando uma tarefa difícil. Então, a águia tem apenas duas opções: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que durará 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se a um ninho próximo a um paredão rochoso, onde ela não necessite voar. Tendo en­contrado esse lugar, a águia começa a bater com o bico contra a rocha até conseguir arranca-lo, espera nascer um novo bico com o qual vai depois arrancar as unhas. E, quando as unhas novas começam a nascer, ela se põe a arrancar as velhas penas. Somente depois de cinco meses, sai para seu famoso vôo de vitória. E poderá, então, viver mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes temos de resguardar-nos por algum tempo e começar um processo semelhante. Para o nosso voo de vitória, devemos despre­ender-nos de lembranças, costumes e tradições que nos causaram dor. Apenas quando nos livramos do peso do passado é que podemos aproveitar o valioso re­sultado que a auto-renovação sempre traz.

Essa auto-renovação ou re-generação ou mesmo renascimento é uma verdade cósmica evidenciada pela analogia em todos os reinos e ensinada por aqueles que puderem comprovar-Ihe diretamente a realidade

O renascimento do espírito na matéria com o propósito de adquirir experiências e expandir a consciência era admitido pelas Escolas de Mistérios e por várias religiões da antiguidade. Nas lendas e mitologias de diversos povos encontramos alusões ao fato, sendo que, em muitas delas, uma ave representa o espírito sequioso de evolução.

Assim, encontramos a Fênix, uma ave mitológica que vivia cerca de 500 anos e depois se queimava, renascendo das cinzas, continua­mente. É um símbolo do espírito, que renasce para a escola da vida de tempos em tempos, trazendo as cinzas das experiências passadas como consciência cada vez mais ampla.

O místico símbolo de Escorpião é representado no seu aspecto positivo pela águia, elevada aos céus depois de haver rastejado como escorpião nos apegos materiais. Em "Parsifal" e "Lohengrin", dramas musicados por Wagner, o cisne é que representa essa ideia.

No Batismo do Jordão, uma centelha do Cristo Cósmico desceu para habitar o corpo de Jesus, na forma de uma pomba, símbolo do Espírito Santo.

Alguns pretendem contestar as verdades divulgadas pelo Cristianismo Esotérico, argumentando não ter sido o renascimento ensinado nos Evangelhos.

Ora, o renascimento não foi ensinado publicamente mas simbolicamente em o Novo Testamento. Isso já estava previsto. As Hierarquias Espirituais previam uma fase de conquista do mundo material, o que só seria possível mediante o desconhecimento de que o espírito renasce sucessivas vezes na matéria. Era necessário a aceitação de uma só vida como única realidade para que todos os esforços se concentrassem em realizações materiais.

O Cristo, entretanto, por meio de parábolas fez alusões aos grandes mistérios, só entendidos pelos discípulos mais chegados. Na passagem da visita de Nicodemos e na do cego de nascença percebe-se que o Mestre referia-se ao renascimento.

A Bíblia contémextraordinários ensinamentos ocultos os quais só poderão ser notados em seu sentido alegórico. Analisados literalmente tornam-se apenas um código moral. Nada mais que isso.

Fonte: ECOS e Revista Serviço Rosacruz, julho 1984 

14/10/2017

Uma Descrição

por Augusta Foss Heindel
Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mateus, 25:40)

Peço ao leitor que me siga até a região norte do Canadá. É Inverno. A natureza se encontra coberta com uma bela capa de neve. Até onde a vista possa alcançar, tudo resplandece como o brilho da prata. Estamos muito distantes dos ruídos das cidades, nas selvas, onde o pé do homem raramente pisa e onde a vida animal vaga livremente.

-Oh! as belezas da natureza ao bilhar do sol sobre a neve, que pesadamente cai sobre os galhos das árvores, formando uma espécie de dossel, sob o qual os animais procuram abrigar-se do vento gelado!

Ficamos curiosos em saber o que seriam algumas pequenas e leves pegadas na neve que nos conduzem para uma abertura no meio de vários ramos, próximos de um velho pinheiro caído há muitos anos e onde um urso se resguardou fugindo de um caçador. Sendo o pinheiro um obstáculo para a consecução do seu intento, o caçador o derrubou e com um tiro mortal tirou a vida do urso conseguindo assim o seu objetivo, ou seja, a pele do animal para a venda.

O tronco dessa árvore agora servia de local  de recreio para algumas pequenas criaturas acostumadas a correr entre os ramos em suas brincadeiras: um casal de arminhos com cinco filhotes jogueteando-se ao seu redor. Esses animaizinhos são pequenos e delgados, perto de dez polegadas, possuem pernas curtas e seus corpos são cobertos de pelos tão brancos, que fica difícil distinguí-los em meio à neve, a não ser por seus pequenos olhos que cintilam como negras lantejoulas. As unhas de seus pés e o final de suas caldas são também de cor preta. São de natureza brincalhona e estão felizes ali na selva, longe de caçadores e armadilhas.


De repente, a “mãe” emite um grito de dor. Caiu em uma trampa. Nós não vemos a armadilha, mas o pequeno animal está fortemente preso e oh! como agoniza! Sua rosada e pequena língua congela-se rapidamente aderida à casca do tronco da árvore. Tinha fome e um aroma tentador a impulsionou para aquele galho, mas ao provar o que provavelmente acreditava ser um delicioso “bocado” para a sua prole, já  não pode tirar a sua língua. Seu companheiro foi apressadamente em seu auxílio, mas também ele ficou fortemente preso e da mesma maneira.

Lutaram até a exaustão. Os filhotes atravessavam ao seu redor sem compreender o que ocorria. Enquanto os pais estavam exaustos e sofrendo, os pequenos se alimentavam no peito da mãe.

De repente se escuta o ranger de um galho e logo vemos distante uma forma obscura. Com passos furtivos um homem lentamente caminha através da nevasca em direção ao lugar onde, no dia anterior, havia colocado suas armadilhas. Sua grande e tosca figura estaba vestida com uma capa feita de grossas e escuras peles de urso; na cabeça um turbante feito com a preciosa pele de uma raposa cinza, cuja sedosa cauda ainda ali permanecia, como ornamento.

O rosto do caçador é coberto de uma cerrada e extensa barba negra; seus olhos frios e cruéis são de um cinza escuro. Nunca sentiu o amor, que pudesse suavizar o seu coração; amava somente o ouro que poderia conseguir com a venda dos animais assassinados e torturados. Com esse dinheiro poderia obter todo o licor e o whisky que desejasse e também comprar outros pequenos animais que lhe supririam o alimento necessário. Que mais poderia querer na vida? Quanto maior o número de peles vendidas, melhor poderia manter sua natureza inferior com o único luxo que conhecia.

Ao aproximar-se do tronco caído, o caçador sorriu cruelmente: Ah! duas presas na mesma armadilha! Com uma empedernida crueldade arrebatou um a um os animais, deixando as pequenas línguas coladas na casca do tronco. Com uma faca feriu a veia jugular dos pequenos e depois de deixá-los sangrando por alguns minutos meteu-os em uma sacola que carregava, já com a alguma outra caça.

Pouco tempo depois do caçador ter-se ido com seu “prêmio”, cinco pares de negros olhinhos começaram a espreitar pelas ramagens de um pinheiro próximo. Os cinco filhotes tiveram o valor de retornar ao lugar onde ultimamente tinham se amamentado. A “mamãe” já não estaba mais ali. Somente as linguas sangrentas para contar a história. A noite se aproximava e ninguém para alimentá-los. Passaram-se os dias e por fim a fome e o frio venceram. Morreram.

Agora, sigamos o caçador e suas vítimas. Ele luta através de muitas nevascas. Levanta novamente o fuzil e apontando para algo a distância obtém uma nova vítima; agora uma preciosa lebre de olhos cor de tabaco. Isto lhe dará alimento por algum tempo.  Não lhe passa na mente que os filhotes morrerão de fome. Ele, o homem, conseguiu seu alimento, então que lhe importa os demais?

Por fim chegamos a um casebre de madeira. Ao entrar encontramos todas as paredes cobertas de peles que estão “curando” para adquirirem preço para a compra do whisky e do tabaco.

Sigamos agora, as peles. São vendidas a algum traficante que as embarca com destino a grandes peleteiros. As vemos de novo, agora, nos aparadores de um grande estabelecimento em uma grande cidade, todos decorados com peles de distintos animais. Ao entrar encontramos sentada frente a um espelho uma fina e bela mulher de rosadas bochechas. Suas suaves e pequeñas mãos estão acariciando algo: Oh! que suave e como brilha essa pele branca com as caudas negras em sua extremidade, que tanto ornamentam quanto demonstram a sua legitimidade! Depois de pagar uma alta soma pela vestimenta, sai adornada com as peles de centenas de animais impregnadas das vibrações dos torturados corpos.(1)

“Oh!, como geme o Espírito de Cristo, aprisonado na Terra! Oh! irmãs, esposas, mães, não escutam vocês os gritos destes animais torturados? Vocês também são culpadas de suas mortes, enquanto usarem esse tipo de vestimenta. Não fosse por suas vaidades, a crueldade desses assassinatos terminaría. Enquanto as mulheres continuarem usando plumas e peles de animais assassinados e preparando os corpos desses pequeninos seres como alimento, tampouco as guerras e o derramamento de sangue  terminarão.

Há alguns anos, quando em visita a uma das cidades grandes, fui levada a assistir a uma conferência demasiadamente anunciada, que seria dada por uma mulher mundialmente conhecida como guía metafísica e espiritual, representante de uma grande organização que ensinava o vegetarianismo e animava seus estudantes a refrearem-se quanto ao uso da carne como alimento. O Teatro de Opéra estava lotado e quando a conferencista se apresenta tivemos um sobressalto ao observar a uma bela mulher ataviada com um abrigo quase que totalmente coberto com as peles daqueles animaizinhos!

O adorno branco e negro era de grande efeito e atraía a atenção daqueles que só veem a “beleza”, mas para aquela que escreve, a conferência estava arruinada.Nunca mais assistimos a qualquer atividade auspiciada por alguém que se considera espiritual; que ensina a Lei do Renascimento e a Lei de Consequência; que fala de compaixão e amor fraternal, e continua, no entanto, a tolerar a tortura dos animais.

Cada um de nós, a seu devido tempo, seremos guiados para o sofrimento e para a dor, através do caminho da cruz, inconsciente das dívidas de destino que acumulamos em nossa jornada. Como disse Angelus Silesius:

"Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,
 Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
 Em vão olharás a Cruz do Gólgota
                       A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida."

CREDO OU CRISTO (Max Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos)
Não ama a Deus quem ao semelhante odeia;
espezinhando-lhe a alma e o coração;
aquele que algema, nubla ou tolda a mente
pelo medo do inferno, não entendeu a divina direção.
Todas as religiões são abençoadas e mandadas por Deus;
e Cristo, o Caminho, a Verdade, a Vida,
foi enviado por Ele para aliviar o pesado fardo
do triste, do pecador, dando-lhes a paz pedida.
Eis que o Espírito Universal veio
a todas as igrejas e não a uma somente;
No dia de Pentecostes, uma língua de chama brilhante
envolveu cada apóstolo, em um halo cintilante.
Desde então, como abutres famintos,
por um nome vão, muitas vezes vamos lutar,
procurando com dogmas, éditos ou credos,
uns aos outros às inextinguíveis chamas enviar.
Cristo então é dois? Foram Cephas, Paulo,
para salvar o mundo, à cruz pregados?
Por que então existem, aqui, tantas divisões?
Se pelo amor de Cristo todos somos abraçados.
Seu amor puro e doce não está limitado
a credos que segregam e muros que levantamos.
Seu amor envolve todos e abraça a espécie humana
não importa como a nós ou a Ele O chamamos.
Por que então não aceitá-Lo na Sua doce palavra?
Por que manter credos que trazem desuniões?
Uma só coisa importa e deve ser ouvida!
Que o amor fraternal encha todos corações.
Mas há ainda uma coisa que o mundo precisa saber;
há um só bálsamo para toda a humana dor,
há um só caminho que conduz ao céu,
este caminho é a solidariedade humana e o amor.

De uma lição aos estudantes de agosto de 1948
(1) Nota de Rosacruz e Devoção: Para um casaco de porte normal são necessárias peles de 125 arminhos!

01/10/2017

Da Temperatura do Forno

Todo “alquimista”, possuía seu “laboratório” e “utensílios”, além do athanor; palavra árabe (al-tannur) que significa “forno”, onde “elevadas temperaturas” eram necessárias para a transformação do “chumbo em ouro”. Gravura da Idade Média.

por Jonas Taucci

“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí se lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta" (Cristo, em Mateus 05:23).

Os preceitos que Cristo trouxe (e traz anualmente) à Terra, não estão direcionados a determinada religião, raça, cor, sexo ou localidade geográfica de nosso planeta; possui uma marcante conotação universalista (Aquário/Urano), e no atual estágio de desenvolvimento da humanidade - segundo os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental - constitui-se na última palavra em avanço espiritual.

Imaginemos o resultado de um mundo onde a PRIORIDADE fosse a reconciliação com nossos desafetos, e somente DEPOIS fossemos aos locais de nossas práticas religiosas ou espiritualistas, como disse Cristo!

Daríamos um passo extraordinário na caminhada para o nascimento de nosso Cristo Interno...

A máxima dita por Cristo, pode amoldar-se em igreja (católica ou protestante), sinagoga, mesquita, ashram, mosteiro, templo etc. mas vamos acondiciona-la ao aspirante rosacruz; não apenas no trabalho que realiza (direta ou indiretamente) na Fraternidade, mas também nas relações com a família, amigos, locais de trabalho, estudo, recreação, vizinhos, etc.

Sabemos (apenas sabemos...) os dizeres de Cristo - o mais alto arcanjo - no evangelho de Mateus, mas insistimos em criar mecanismos que nos ilude:

*** O erro não é meu, e sim da outra pessoa.

*** Frequento uma organização altamente espiritualizada que obviamente, me faz altamente espiritualizado, diferenciado; os desafetos são secundários. Esquece-los é o correto.

*** Escrevo artigos, ocupo cargos, ministro palestras, oficio (elevados) Rituais Rosacruzes no Templo e em casa; isto é mais importante que meus semelhantes.

*** Concluí cursos (sou probacionista), sei corretamente meu Tema Natal (horóscopo), e recito os de outras pessoas da mesma forma; isto faz meus pontos de vista estarem corretos.

(Aqui uma pausa; se temos o conhecimento de aspectos e configurações astrológicas de pessoas, fica claro então que sabemos exatamente como auxilia-las, e aqui o não auxilio, incorre num grave erro por omissão).

Há que perguntar-nos quais são nossos objetivos em pertencermos à Fraternidade Rosacruz! O caminho passa – fala Cristo – por deixarmos as ofertas no altar e reconciliarmos primeiramente com nossos irmãos.
Vemos acima, o Diagrama # 15 do Conceito Rosacruz do Cosmos:

*** A serpente escura, representa nossa descidaà matéria, através dos períodos de Saturno, Solar, Lunar e parte do Terrestre (Marciana).

*** A serpente clara, indica a subida a ser percorrida pela humanidade em geral; parte do período Terrestre (Mercurial), e os períodos de Júpiter, Vênus e Vulcano, em direção à Deus.

*** O caminho reto e estreito, no centro do símbolo, representa o caminho da iniciação.

Este caminho, requer uma reconciliação com nossos irmãos.

Uma não reconciliação implica – inexoravelmente - no abandono ao nosso Cristo Interno, e não avançaremos de forma alguma no caminho da espiritualidade, por mais que (unicamente) obtenhamos (inutilmente) informações pós informações esotéricas.

O relacionamento (ou não) com nossos semelhantes, constitui-se no ponto determinante para nossa chegada (ou não) ao altar”, e a importância deste aspecto pode ser constatada na Oração Rosacruz; que sabemos mecanicamente (apenas sabemos... novamente).

“...para que sejamos os amigos que desejamos ser.…”

Francisco Phelipp Preuss (1) , foi um dos primeiros probacionistas no Brasil; fundou centros e grupos de estudos, escreveu livros, viajou por várias partes do país ministrando palestras (universidades, bibliotecas) e sempre que o assunto era alquimia, resumia:

*** Transformar o chumbo (Eu Inferior) em ouro (Eu Superior).

*** Temos o laboratório (corpo denso, vital, desejos e mente).

*** Em todos livros sobre alquimia, há referência ao forno, onde os elementos sem valor (Eu Inferior), são elevados a altas temperaturas para que possam transubstanciar-se em ouro (Eu Superior).

*** O forno representa o relacionamento com nossos semelhantes onde a elevação da temperatura do perdão, amor e o reconhecimento de que todos nós - Espíritos Virginais - somos verdadeiramente irmãos, parte de uma família cósmica, irá dissolver todo e qualquer resquício de inimizade e ressentimento. Esta é a verdadeira alquimia.

Cabe não fugirmos à (intima) pergunta:

- Qual a temperatura de meu forno”?

(1) Biografia de Francisco Phelipp Preuss (veja aqui)

02/09/2017

Do Oficiar Rituais Rosacruzes

Nota: Nos é sugerido que o Símbolo Rosacruz com a Rosa Branca no centro seja apresentado 
somente  durante os Rituais, quando a cortina é aberta.

por Jonas Taucci
Não há – absolutamente – nenhuma atividade mais importante num Centro Rosacruz, que o oficiamento de seus Rituais.

Esta palestra (1) – resumidamente - foi concebida para estarmos plenamente conscientes dos preceitos a seguir, com referência aos oficiamentos dos Rituais Rosacruz no Templo.

A localização do símbolo (frente para o leste, nascer do Sol), as músicas de preparação do ambiente, de abertura, signo astrológico e encerramento, a concentração e a vibração de cada Ritual constituem-se em algo (extremamente) sagrado que (sem dúvidas alguma) edifica uma egrégora no referido Templo.

Muito importante, nos darmos conta de que, quando oficiamos os Rituais Rosacruzes nos Centros autorizados (com vínculo à Sede Mundial – Oceanside), estamos projetando para o símbolo, ouvintes e à humanidade, tudo o que temos em nosso interior.

Nos Templos, apenas probacionistas ativos, devem oficiar os Rituais, e se possível, revezando-se entre homens e mulheres, atendo-se a que os Rituais de Lunação (Lua Nova e Cheia), são restritos à probacionistas ativos da Fraternidade Rosacruz que desejam participar.

Cada palavra, cada frase que é proferida pelo probacionista oficiante, mesmo que estas contenham o mais sublime ideal de Deus, da Luz ou do Amor, se não estiverem sendo vividas diariamente, estaremos projetando uma atmosfera espiritualmente negativa aos ouvintes.

Quando estes Rituais são oficiados repetidamente por pessoas que não estão vivendo de acordo com os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, o ambiente vai saturando-se ou cristalizando-se.

Claro e evidente, que não se solicita uma vida cem por cento santificada, pois no atual estágio de nosso desenvolvimento, isto é impossível, contudo os probacionistas ativos que são os oficiantes, devem diariamente servir a seu Eu Superior, praticando em suas ações, os ideais dos Rituais, pois desta forma, quando oficiarem, contribuirão para a eficácia dos mesmos e seus resultados serão obtidos de uma forma mais abrangente.

Vemos aí a responsabilidade de ser um probacionista oficiante!

Quando o probacionista sabe que vai oficiar, deve prepara-se antecipadamente, pois sabe que será um instrumento para auxiliar no propósito do respectivo Ritual:

*** Não se constitui uma regra, mas sugere-se que o oficiante e participantes não estejam – recentemente – com o estômago cheio, pois isto torna difícil meditar, já que nosso Corpo Denso se canaliza para a digestão, interferindo assim numa meditação e concentração plena.

*** Entrar no Templo – probacionista oficiante e participantes -  com cerca de quinze minutos antes do início do Ritual e ouvir música adequada para preparação do ambiente. Isto fortalece nossos Corpos Denso, Vital, de Desejos e a Mente, para esta sacra atividade.

*** O probacionista oficiante, nesta hora, deve pedir a Cristo que o ilumine e assim, possa ser um verdadeiro canal para transmitir a essência do referido Ritual Rosacruz.

*** Ouvir e cantar – todos os presentes – o Hino Rosacruz de Abertura, com toda a reverência possível. Este Hino está estruturado – musical e astrologicamente – em Ré Maior, que coloca em vibração a Divina Hierarquia de Libra, regida por Vênus, possuindo como uma das palavras básicas, o Amor. O cantar torna-se valioso, pois o som possui um papel relevante para que as vibrações se tornem presentes. 
 
Ouça os hinos de abertura, encerramento e astrológicos cantados aqui
Importante: os Rituais não devem ser (apenas) assistidos: devem ser participados.

*** O Hino Astrológico ao signo do mês (em que o Sol esteja transitando no dia do referido Ritual), é importantíssimo. Elman Bacher (Estudos de Astrologia) nos fala que planetas e signos são seres (Hierarquias), e sem dúvidas corroboram para o fortalecimento da egrégora.

*** Há Centros que – acertadamente – incluem no oficiamento do Ritual de Cura, a Canção da Rosa Branca”; esta flor representa o coração do Auxiliar Invisível e, torna-se evidente, contribui com as vibrações de cura, pois “... deixemos a Força Curadora libertada com Cristo e os Auxiliares Invisíveis, para que a utilizem onde mais se fizer necessária”. (Conheça a Cançao da Rosa Branca aqui)

*** Ao ser descortinado o símbolo Rosacruz, deve-se procurar visualizar emanações espirituais deste sagrado emblema, a iluminar todos os presentes, assim como toda a humanidade.

*** O probacionista oficiante há que atentar-se a certas particularidades: não ler mecanicamente, nem os participantes ouvirem de forma semelhante, mas ambos procurarem visualizar o que falam e ouvem respectivamente.

*** Todas orações direcionadas ao símbolo Rosacruz, são recebidas pela contraparte etérica do mesmo. Devemos estar conscientes disto, e do privilégio que representa, mas também da responsabilidade aqui contida.

*** Há centros que conjugam palestras com Rituais. Seria sugestivo às quartas feiras, (dia governado por Mercúrio) as palestras serem voltadas para a Filosofia Rosacruz, e aos domingos (dia governado pelo Sol), serem direcionadas ao Cristianismo Esotérico. Assim mente e coração, em seus respectivos dias astrológicos, produzirão uma melhor assimilação das referidas palestras. (2)

*** Todos ouvem e cantam o Hino Rosacruz de Encerramento, o qual está sintonizado em Ré Bemol Maior, em consonância à Hierarquia de Áries, regido por Marte, possuindo como uma das palavras básicas a Ação.

*** Sejamos sabedores de que o resultado do Amor (Libra, Vênus, Hino de Abertura) somado à Ação (Áries, Marte, Hino de Encerramento) resulta – evidentemente - no Amor em Ação: o Ideal Rosacruz.

*** Finalmente, todos deixam o Templo, no mais absoluto silêncio, como indica Max Heindel, para não serem alteradas as vibrações edificadas.

*** O Ritual Rosacruz do Serviço do Templo, parte Despedida, nos exorta a que:

A) de volta ao mundo material (após o termino dos Rituais)

B) levemos a firme resolução de expressar em nossas vidas diárias (praticar o Ritual oficiado).

C) os elevados ideais de espiritualidades que aqui recebemos (os Rituais Rosacruzes possuem – todos - vibrações Crísticas, já que todos eles contem os preceitos indicados pelo mais alto iniciado do Período Solar, O CRISTO).

D) para que, dia a dia, nos tornemos melhores homens e mulheres (desta forma, conseguirmos a supremacia de nosso Eu Superior sobre o Eu Inferior)

E) e mais dignos de sermos utilizados como colaboradores conscientes na obra benfeitora dos Irmãos Maiores, à serviço da humanidade (colaborar indica ação, e as ações que praticamos aos nossos semelhantes, auxiliam a benfeitoria que os Irmãos Maiores prestam junto à humanidade).

Estarmos presentes num Templo (físico) da Fraternidade Rosacruz, e participarmos destes Rituais, constituem-se num privilégio (3).

Esforcemo-nos para viver vidas de PUREZA e SERVIÇO, que correspondem aos sustentáculos para transmitir os Ensinamentos Rosacruzes aos nossos irmãos.

(1). Palestra realizada no Centro Rosacruz de Santo André, em dezembro de 1.988, por ocasião do Natal. Baseada e resumida em artigo publicado no boletim “Amizade Rosacruciana” nº 58, julho/1.988, do Centro Rosacruz Max Heindel, Lisboa – Portugal.

(2). Durante décadas, vários centros seguiram esta prática.

(3). Fica o convite para que todos (reunião aberta ao público) participem do Ritual de Setembro - nos centros Rosacruzes -  no próximo dia 21 de setembro deste ano de 2.017 (data fixada por nossa Sede Mundial), onde observa-se o retorno anual do Cristo à Terra (atinge à atmosfera de nosso planeta, Sol ingressando no signo Zodiacal de Libra). (Ritual do Equinócio de Setembro) 

IMPORTANTE: Os Rituais Rosacruzes podem ser oficiados nos lares, com a família e amigos (com exceção dos Rituais de Lua Nova e Cheia, restritos à probacionistas ativos).